quarta-feira, 3 de março de 2010

Quimioterapia e seus efeitos colaterais



A quimioterapia pode ser feita com a aplicação de um ou mais quimioterápicos. O uso de drogas isoladas (monoquimioterapia) mostrou-se ineficaz em induzir respostas completas ou parciais significativas, na maioria dos tumores, sendo atualmente de uso muito restrito.
A poliquimioterapia é de eficácia comprovada e tem como objetivos atingir populações celulares em diferentes fases do ciclo celular, utilizar a ação sinérgica das drogas, diminuir o desenvolvimento de resistência às drogas e promover maior resposta por dose administrada.

A quimioterapia pode ser utilizada em combinação com a cirurgia e a radioterapia. De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: • Curativa - quando é usada com o objetivo de se conseguir o controle completo do tumor, como nos casos de doença de Hodgkin, leucemias agudas, carcinomas de testículo, coriocarcinoma gestacional e outros tumores.
• Adjuvante - quando se segue à cirurgia curativa, tendo o objetivo de esterilizar células residuais locais ou circulantes, diminuindo a incidência de metástases à distância. Exemplo: quimioterapia adjuvante aplicada em caso de câncer de mama operado em estádio II.
• Neoadjuvante ou prévia - quando indicada para se obter a redução parcial do tumor, visando a permitir uma complementação terapêutica com a cirurgia e/ou radioterapia. Exemplo: quimioterapia pré-operatória aplicada em caso de sarcomas de partes moles e ósseos.
• Paliativa - não tem finalidade curativa. Usada com a finalidade de melhorar a qualidade da sobrevida do paciente. É o caso da quimioterapia indicada para carcinoma indiferenciado de células pequenas do pulmão.

O tratamento quimioterápico pode deteriorar fisicamente os pacientes com câncer. Alguns pacientes podem apresentar alguns destes efeitos colaterais ou até nenhum deles. Os efeitos colaterias dependem do agente quimioterápico e os mais importantes são:

Alopécia ou queda de cabelo: É o efeito colateral mais visível devido a mudança da imagem corporal e que mais afecta psicologicamente aos enfermos, sobretudo as mulheres. Entretanto isto depende da quantidade e intensidade da dose e não ocorre em todos os casos. Depois de 4 a 6 semanas o cabelo volta a crescer.
Náuseas e vômitos: Podem ser aliviados com antieméticos ou melhor com antagonistas dos receptores tipo 3 da serotonina. Alguns estudos e grupos de pacientes manifestam que o uso da maconha, droga produzida a partir da planta Cannabis sativa, durante a quimioterapia reduz de forma importante as náuseas e os vômitos e que aumenta o apetite.
Diarréia
Prisão de ventre ou obstipação ou constipação intestinal
Anemia: Devido a destruição da medula óssea, que diminui o número de glóbulos vermelhos ao igual que a inmunodepressão e hemorragia. As vezes há que se recorrer à transfusão de sangue ou a administração da eritropoetina.
Infecções: Devido a diminuição do número de leucócitos, responsáveis pela defesa contra microrganismos.
Hemorragia: Devido a diminução do número de plaquetas pela destruição da medula óssea.
Tumores secundários
Cardiotoxicidade: A quimioterapia aumenta o risco de enfermedades cardiovasculares (exemplo: adriamicina).
Hepatotoxicidade
Nefrotoxicidade
Síndrome da lise tumoral: Ocorre com a destruição pela quimioterapia das células malignas de grandes tumores como os linfomas. Este grave e mortal efeito colateral é prevenido no início do tratamento com diversas medidas terapêuticas.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Quimioterapia

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